Há mundos, lembranças, dores e alegrias
Que surgem, insistentemente, sem aviso prévio.
Habitam-nos
Como uma obsessiva obsessão
Invadem nossos sonhos, pesadelos,
E planos.
Eu, já cansada de lutar, resolvi fazer um inútil acordo:
Um dia por semana seria apenas eu e o agora!
E eles (as), é claro, não me ouviram
Continuaram a preencher-me do que já foi.
Hoje, já cansada de lutar,
Vivo a repensar cada momento
Cada ato
Da minha ordinária existência.
Vivo tentando colocar tudo no papel
Na tela do computador
Nos meus rabiscos ininteligíveis
Expulsando-os de mim.
Vão habitar outro ser, digo.
A casa está lotada, grito.
E eles, ali, mexendo nos meus livros
Ocupando meus espaços
Lendo-me incansavelmente.
Não é possível expulsar o que já fomos e vivemos de nós, me disse um deles.
Olhei-o nos olhos e gentilmente abri a porta
- Por favor, quero que saia. Não o estou expulsando (acho realmente impossível), apenas quero ser o que posso ser agora!
"O irônico é uma vampira que sugou o sangue de seu amante e o abanou com frescor, o embalou até dormir e o atormenta com sonhos turbulentos" (Soren Kierkegaard. In: The Concept of Irony).
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Quando a mãe da gente aparece...
Minha mãe veio, como notícia boa, nos visitar. Mais de 6h de viagem de Mucugê até aqui, mas veio. Chegou na tarde de terça, ficou toda a quarta e no terceiro dia partiu deixando o meu coração saudoso e choroso.
Mãe é assim: pode ficar poucos dias, mas a sentimos como se nunca tivéssemos saído de perto da barra de sua saia.
Neste pouco tempo, apenas aproveitei a sua presença para assumir o meu papel de filha... e lhe contar algumas dores. E ela em sua sabedoria materna me disse: Perdoe, minha filha! Vc precisar seguir em frente sem essas mágoas em seu coração!
Hoje, um dia depois de ela voltar para casa, a saudade ainda é forte,
mas a esperança de que posso andar com o coração mais leve
Mãe é assim: pode ficar poucos dias, mas a sentimos como se nunca tivéssemos saído de perto da barra de sua saia.
Neste pouco tempo, apenas aproveitei a sua presença para assumir o meu papel de filha... e lhe contar algumas dores. E ela em sua sabedoria materna me disse: Perdoe, minha filha! Vc precisar seguir em frente sem essas mágoas em seu coração!
Hoje, um dia depois de ela voltar para casa, a saudade ainda é forte,
mas a esperança de que posso andar com o coração mais leve
Te amo, mãe!
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