De quando era criança.
Das galinhas de minha bisa me “pinicando” os pés e a canela.
De minha vó me acordando às 5hs da manhã para tomar banho e ir para a escola.
De minha mãe com seu abraço aconchegante e seu choro de cachoeira.
De um pai.
De meus irmãos e irmãs, todos juntos, numa mesa grande colonial esperando o cuscuz de bisa.
De minhas sobrinhas me sufocando de saudades e carinho.
De meu sobrinho, de ser tua tia.
Há saudades.
De Andar...aí.
Do Bar d’Amina.
De Igatu.
Do Pati.
Dos banhos de rio.
Das noites que ficávamos até a madrugada na ponte tomando vinho e desafinando.
Há saudades.
Dos meus cabelos encaracolados, vermelhos.
De jogar handebol.
Da comida de Tia Verinha e de sua casa aberta a todos.
Das amizades que não resistiram.
Das amizades que resistiram.
Há saudades.
De ler sem fichar e resenhar.
De dançar até o amanhecer.
De beber até cair.
De não me preocupar tanto.
De ser mais leve.
De confiar sem suspeição.
Há tantas saudades!
Tenho muitas dessas saudades, Sol, mas a maior é a "de ser mais leve". Coisa que deixei na infância. Eu acho. Li, dias atrás, "A insustentável leveza do ser" de Milan Kundera. Muito bom. Se você ainda não o leu, fica a dica. E para ler sem fichar, nem resenhar. Bjs
ResponderExcluirSaudade imensa, também Solange, desse lugar, desse rio, de uma história!
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